Antes de iniciar a sua viagem verifique o estado do seu veículo, assegurando-se que este se apresenta em condições adequadas. 

De modo a responder com eficácia e de forma rápida a qualquer situação imprevista regule adequadamente o banco do seu veículo, assim como o encosto, devendo usar roupa que lhe retire a agilidade. 

Distribua a carga no veículo de forma equilibrada, respeitando a capacidade de carga do veículo e não colocando no banco de trás quaisquer objectos que mediante travagem possam ser projectados contra o condutor e/ou passageiro(s) sentados à frente. 

Evite ter objectos nos bolsos da camisa ou casaco, pois em caso de acidente poderão provocar graves danos. 

Respeite o número de passageiros e garanta que os mesmos usam correctamente o cinto de segurança. 

Sempre que viaje com crianças, transporte-as em cadeiras adequadas à sua idade e ao seu peso, ajustadas no banco de trás. 

Durante a condução preste o máximo de atenção, respeite as regras e sinais de transito e modere a velocidade perante situações climatéricas adversas (vento, chuva, neve, granizo, nevoeiro...) ou mau estado da via, mantendo sempre uma distância de segurança para o veículo que circula à sua frente. 

Não use telemóvel e sempre que se sentir cansado pare e faça uma pausa. 

Não conduza após consumir bebidas alcoólicas ou estupefacientes.

Pneus

• Verifique regularmente e antes de viagens longas a pressão dos seus pneus com um manómetro de boa qualidade ou na bomba de ar de uma oficina. Caso um pneu necessite de ar regularmente, poderá ter um pequeno furo, pelo que deverá ser reparado ou substituído 
• Verifique se os seus pneus têm cortes nas paredes laterais. 
• Verifique regularmente o estado do pneu sobresselente.

Óleo de motor

• Verifique regularmente ( pelo menos uma vez por mês) e antes de viagens longas o nível de óleo do motor. 
• É de salientar que o nível do óleo deve ser controlado com o carro imobilizado há pelo menos 1 hora, numa superfície completamente plana, caso contrário o óleo pode encontrar-se demasiado quente ou disperso pelo circuito, não garantindo por isso uma leitura correcta da vareta. Este controlo é realizado através da vareta do óleo que encontra no compartimento do motor. 
• Caso o nível de óleo esteja abaixo do mínimo, indicado na própria vareta, deve repor até ficar perto do nível máximo marcado pela vareta. Sempre que o seu veículo tiver um consumo de óleo elevado tenha cuidado pois este sintoma pode indiciar problemas no motor. 
• Controle a periodicidade com que deve proceder a mudanças de óleo e de filtros e proceda de acordo com o recomendado pelo fabricante do veículo.

Água

• Verifique regularmente o nível do líquido de arrefecimento e ateste o depósito, se for necessário, mas apenas quando o motor estiver frio. 
• Controle, durante o Inverno, a concentração de anticongelante na água.

Limpa-vidros

• Verifique se as escovas do limpa-vidros se mantém em bom estado e caso necessário substituas. 
• Verifique e ateste regularmente o depósito de líquido limpa vidros ( água mais aditivo) e verifique se o sistema funciona.

Luzes

• Controle regularmente (pelo menos quinzenalmente) o funcionamento de todas as luzes. Tem há presente as luzes indicadoras de mudança de direcção, as luzes dos travões e os faróis de nevoeiro. 
• Garante a limpeza das luzes quer de Verão, quer quando estiver mau tempo.

Ferramentas

• Verifique se o seu kit de ferramentas contém pelo menos um macaco e ferramentas para remoção da roda. 
• Aprenda a utilizar as ferramentas treinando se necessário para efeito. 
• Saiba se o seu veículo possui porcas anti-roubo, e verifique se o kit de ferramentas inclui a respectiva chave ou uma ferramenta de extracção.

• Proceda, tendo em consideração o descrito no manual de utilização do veículo, a mudança do óleo do motor e a limpeza dos filtros. 
• Controle o funcionamento das velas, o sistema de injecção de combustível, assim como o funcionamento da exaustão de gases. 
• Proceda também ao alinhamento da direcção e garanta que os mesmos têm a pressão correcta. 
• Sempre que não necessitar de utilizar o seu veículo por um período superior a um mês, desligue os cabos da bateria. 

Sempre que o seu veículo necessite de reparação evite andar a circular com o mesmo, pois além de poder causar graves danos ao veículo poderá estar em causa a sua segurança e daqueles que transporte. 

Tenha presente que é obrigatória a inspecção dos veículos automóveis, em condições determinadas pela lei, para poderem circular. Esta inspecção só poderá ser realizada em centro acreditados para o efeito. 

A Inspecção Periódica Obrigatória visa garantir que as viaturas estão em boas condições de funcionamento e segurança 

A obrigatoriedade de Inspecção segue o descrito em seguida:

• Até aos 8 anos após a data da primeira matrícula: 4 anos depois desta data e em seguida de 2 em 2 anos. 
• Depois dos 8 anos após a data da primeira matrícula: anualmente.

Refira-se que a inspecção é obrigatória ser realizada dentro do período dos 3 meses anteriores ao dia e mês da primeira matrícula. 

Antes de levar o seu carro à inspecção, proceda a uma verificação aprofundada, nomeadamente:

• Toda a sinalização luminosa - luzes de presença, médios, máximos, mudança de direcção, perigo, travagem, marcha-atrás, chapa de matrícula, nevoeiro e reflectores. 
• Superfície reflectora, fixação e regulação dos espelhos retrovisores interior e exteriores. 
• Funcionamento dos cintos de segurança dos bancos da frente e de trás. 
• Funcionamento dos limpa pára-brisas (frente e trás). 
• Relevo do piso dos pneus. 

Durante a Inspecção terá que apresentar os seguintes documentos:

• Livrete 
• Título de Registo de propriedade 
• Cartão de Contribuinte 
• Ficha das últimas IPO 

Durante a Inspecção Periódica Obrigatória, em centro acreditado, o veículo é sujeito aos seguintes testes:

• Identificação do Veículo - comprovação de que os dados constantes no livrete correspondem aos dados inscritos no chassis e motor relativamente à marca, modelo, matrícula, número do quadro e medidas dos pneumáticos do veículo. 
• Quadro e Cabine - exame ao exterior e ao interior do veículo procurando a existência de pontos de corrosão, deformações, anomalias dos bancos e outros defeitos. 
• Equipamentos Diversos - verificação da existência e bom funcionamento dos cintos de segurança, triângulo de pré-sinalização homologado, avisador sonoro e velocímetro. 
• Luzes - verificação do bom funcionamento de toda a sinalização luminosa, bem como da orientação e intensidade das luzes dos médios, máximos e de nevoeiro. 
• Visibilidade - análise do estado dos espelhos retrovisores, sistema de limpeza dos pára-brisas e possíveis reduções do campo visual do condutor. 
• Travões - medição da força e equilíbrio da travagem do travão de estacionamento e do travão de emergência. 
• Direcção - verificação do alinhamento das rodas directrizes. 
• Suspensão - verificação da existência de folgas excessivas ou outras anomalias na suspensão, direcção e eixos, e das ligações ao quadro do veículo. 
• Pneus - Exame ao estado das jantes e dos pneus, nomeadamente cortes, relevos mínimos ou outros danos. 
• Emissão de Gases - medição da emissão de gases garantido que estes estão dentro dos limites definidos por lei. 

Anomalias que podem constar do resultado da Inspecção:

• Tipo 1 - anomalia que não afecta gravemente as condições de segurança ou funcionamento do veículo, não sendo necessária nova apresentação à Inspecção para comprovar a reparação. 
• Tipo 2 - anomalia que afecta gravemente as condições de segurança e/ou funcionamento do veículo, ou que coloca em dúvida a sua identificação. O veículo deve ser apresentado no Centro de Inspecção ou nos serviços da DGV, consoante a anomalia. 
• Tipo 3 - anomalia muito grave que permite apenas a deslocação do veículo até ao local de reparação ou mesmo a sua paralisação imediata. 

Após a IPO é-lhe dada uma ficha de inspecção que deve acompanhar sempre o veículo, de onde se destaca uma vinheta que deve ser colocada no canto inferior direito do pára-brisas e ser visível do exterior. Nesta vinheta está a data limite da próxima inspecção, ou reinspecção, se o veículo tiver reprovado. 

O incumprimento da Lei pode levar a uma coima entre os € 250, 00 e os € 1.250, 00 (Art. 116.º do Código da Estrada). 

Em caso de acidente vista o colete reflector e sinalize o local do acidente, colocando o triângulo a cerca de 30 metros e, se possível, ligue os quatro piscas 

Verifique os danos e caso ocorram danos pessoais contacte de imediato o 112 e indique o máximo de dados possíveis, como número de vítimas, estado das mesmas, idade aparente. Não tente mover as vítimas e no caso de motociclistas, não remova o capacete nem o vestuário. Perante danos materiais, desligue o motor, e caso exista risco de incêndio ou derrame de óleo ou combustível, ligue imediatamente para os bombeiros ou polícia. 

Sempre que possível, fotografe o acidente, pois as fotografias constituem-se como prova. Mesmo que já tenha chamado as autoridades policiais procure obter os dados de identificação de todos os intervenientes: condutores, veículos e testemunhas oculares. 

Caso não existam feridos, os veículos tiverem matrícula portuguesa e os respectivos seguros estiverem válidos, preencha e assine, tal como todos os intervenientes/condutores, a declaração amigável de acidente automóvel. 

Desta declaração que tem de ser assinada por si e pelos condutores dos outros veículos guarde uma cópia no porta-luvas, para o ajudar a fornecer todos os detalhes do acidente à sua companhia de seguros, quando a notificar, que deverá ser num prazo máximo de 8 dias. Sendo que se o seu veículo não puder circular ligue à assistência em viagem, caso esteja incluída no seu seguro, ou uma empresa de reboques. 

Perante a existência de feridos ou na falta de entendimento quanto ao preenchimento da declaração amigável de acidente automóvel , chame as autoridades policiais. A participação do acidente é feita de maneira diferente consoante a autoridade policial. Em alguns casos é entregue aos condutores uma folha para escreverem a sua versão do acidente, noutras é o próprio agente que vai recolhendo os dados e no final, pede aos condutores para assinar. Nunca assine sem ler atentamente o que foi escrito, podem existir equívocos graves que imputam a responsabilidade ou não do acidente. 

Acidente de viação devido a anomalias na via

Para além da devida sinalização do acidente e verificação dos danos pessoais e/ou materiais, agindo de acordo com o acima descrito:

• Chame ao local as entidades responsáveis pela conservação da via: Brisa, AE do Atlântico, Polícia Municipal em representação das Autarquias ou as autoridades policiais com competência no local, BT, GNR,… 
• Vistorie vedações, sinalização, buracos, inscrições nas tampas que possam ter saltado, localização de árvores, características e proveniência do animal,… (o ónus da prova tem que ser feito pelo lesado). 
• Fotografe o local e/ou inclua os dados, por escrito, nos autos levantados pelas entidades que forem ao local. 
• Reclame, por escrito com o auto, fotos e orçamento dos danos. Se a reclamação não surtir efeito, recorra à via judicial. 

Se um dos condutores informar que não tem seguro

Recolha os dados atrás referidos, particularmente a matrícula e a identificação do condutor, e peça ajuda ao Departamento de Apoio aos Consumidores do ISP a fim de localizar a empresa de seguros a partir da matrícula, ou de recorrer ao Fundo de Garantia Automóvel, se não existir seguro válido. Solicite também a presença das autoridades policiais. 

Acidentes com veículos de matrícula estrangeira

Contacte o Gabinete Português de Carta Verde que funciona junto da APS. O sistema de Carta Verde é uma convenção internacional, denominada Convenção Multilateral de Garantia, com o objectivo de facilitar a circulação rodoviária nos países que aderiram a este sistema. 

Acidentes ocorridos no estrangeiro

Contacte o Gabinete Nacional de Seguros desse país para formalizar a sua participação - o contacto de todos os Gabinetes Nacionais Estrangeiros encontra-se no verso da sua Carta Verde.